sexta-feira, 13 de março de 2015

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Itupava I


O Começo da Jornada
 Movidos pelo prazer da aventura e pelos laços de amizades, nosso grupo de 13 amigos, resolveu no dia 13/12/2006 explorar a serra do mar através do Caminho do Itupava.
O Encontro marcado as 05:30 na Vila Stival, foi quase cumprido, depois de todos verificarem as mochilas e principalmente a provisão de “liquidos”, conseguimos pegar o ônibus às 05:45
Embarque para o ônibus; Alemão,Régis,Gordo, Preto,
Ganso,Marcos,Valdir,Negão,Junior,Kito, Marlon e Gerson

Todos ficamos contentes, o ônibus estava em bom estado, inclusive com um sonzinho para a descontração da turma, é óbvio que não poderia faltar o "esquenta pelego" que rolou de mão em mão para dar sorte aos aventureiros.
Tenho que destacar o bom-humor de toda a equipe, que é sempre um ponto positivo para qualquer evento que programamos, fazendo assim tudo mais divertido e animador.




Ainda, não sabíamos o que nos esperava, a lotação foi contratada para nos levar até Borda do Campo, e depois voltar as 10h da manhã para pegar o pessoal restante, mulheres, amigos, crianças, o almoço e o isopor que não poderia ser esquecido.
O Divanir ficou encarregado de escoltar a segunda turma até Porto de Cima, local de encontro dos aventureiros com a equipe de apoio.No ônibus mais umas vinte pessoas seguiriam as 10:15, eles nos esperariam na ponte de ferro. Devido ao fato de nenhum da equipe jamais ter caminhado pelo Itupava, não sabíamos se o tempo de 6:30 conforme pesquisamos seria cumprido. Foi a unica preocupação para não deixar ninguém esperando por muito tempo.
Só fomos munidos de pesquisa e um mapa retirado do Site caminhos do itupava, tornando assim nossa caminhada mais excitante. Uma semana antes, um dos participantes foi até o local de partida para não haver erro, pelo menos na saída. 
O Ponto de Partida

Exatamente as 6:15, com o um belo amanhecer chegamos no Portal do Ituapava, ainda atónitos para o começo da expedição, nem vimos nosso ônibus partir, muito menos memorizar o mapa que estava no portal.
"Temos uma meta para cumprir !" com essa frase a equipe começou a caminhada pela estradinha de chão que leva até o começo do caminho. Algumas construções demolidas em um elevado, mostram que o lugar ainda não está totalmente bem estruturado para um ecoturismo ou coisa parecida.
Ná dúvida seguimos em frente e um estreito carreiro começa por entre um mato estranho, com um gramado e para nossa sorte o dia prometia de ser de sol e muito quente.
 

Já nos primeiros minutos, descobrimos que os 13 não ficariam juntos durante o percurso. Alguns mais afoitos, outros com o espírito de "coelho" e principalmente a expectativa de conhecer o que nos aguardava pela frente foi distribuindo os amigos em equipes menores que variavam de 2 a 4 componentes.
Ainda todos com muito gás e prontos para uma aventura que ainda não imáginavam o quanto prazeirosa e cansativa seria.
O Marlon(foto ao lado) além de sero mais novo da turma, foi o único a ir de calça para a caminha é claro seria o principal motivo de brincadeiras do grupo.

Os Primeiros 30 min

Nunca poderíamos imaginar um congestionamento no estreito caminho, mas foi exatamente o que aconteceu. Um Segundo grupo de adultos e crianças das mais variadas idades estava a nossa frente, impedindo a nosso passo que era bem mais acelarado.
Entre bom dias e conversas, descobrimos que eram um grupo de pequenos aventureiros da Borda Do Campo e que iriam apenas até a primeira etapa do percurso, a Casa do Ipiranga, segundo nossos cálculos de 2 a 2:30 horas de caminhada.
Aos poucos, negociávamos ultrapassagem e fomos tomando a frente dos animados companheiros. Por enquanto ainda as belezas naturais eram o começo da serra e alguns pontos que víamos Curitiba.



Como prevíamos a provisão de água e demais liquidos não seria demais, o sol estava cada vez mais quente e o céu limpo. A equipe dos Woshs e o Gordo já não estava ao nosso alcance visual, com passadas largas eles se embrenharam serra adentro.
O que nos animava é que o caminho era bem demarcado e não nos deixava dúvida quanto ao nosso destino. Entre uma brincadeira e outra seguíamos nosso caminho.


A Primeira Hora


Já na base da Serra do Mar, as subidas, demonstravam que a nossa tarefa não seria fácil. O Forte ritmo imposto pelo Woschs e ninguém querendo ficar para trás, faz com que literalmente todos pedissem água. As mochilas térmicas foram sem dúvida, a melhor idéia que poderíamos ter. No meio da mata com um calor daqueles, uma água ou um gatorate gelado era uma ótima pedida.
Ao lado, o flagrante da blusinha do Waldir, apelidado de Viviane Araujo devido ela ser toda furadinha, mostrando a barriguinha sexy.
Como podem ver abaixo, começaram as pedras, marca registrada do Caminho do Itupava. Motivo de muitos tombos pela frente devido a umidade e às vezes pela falta de atenção era inevitável uma queda e é claro uma sonora risada dos demais.
Um fato que nos deixou surpreso: Insistia em nos acompanhar desde os primeiros minutos de caminhada uma araponga, com seu canto inegualável.
E o Waldir com uma lata peculiar, com essa beleza natural não poderia faltar uma cervejinha não é mesmo
Também os primeiros rios e as pontes dando assim uma beleza a mais para todos.





A Hora do Lanche
 Descobrimos que o Gerson levou 3 X-Tudo, para a caminhada, na foto este seria o primeiro deles.
As pontes comecariam a ficar mas difíceis de passar em contra-partida a água limpa e cristalina, nos impressionava por cada rio que passávamos. Nesse ponto que o Rosinha(Negão) se revelou em tirar o tenis e a meia para atravessar os rios.



A Casa do Ipiranga
Com 1:50 h de caminhada e com 10 minutos adiantados chegamos as ruínas da Casa do Ipiranga primera referência da caminhada. Essa casa abrigou Dom Pedro II e sua comitiva em 1880. Em pesquisas descobri que a mesma casa estava totalmente revitalizada a 13 anos atras. Infelizmente vândalos e marginais depredam coisas tão bonitas e históricas.




A Segunda Etapa 

 Depois alguns minutos de descanso na Casa do Ipiranga, retomamos nossa caminhada. Já prevíamos que seria o mais difícil dos percursos e de fato foi mesmo. Mas a beleza da Mata Atlântica, tirou qualquer cansaço dos aventureiros. 
As cachoeiras começaram a ficar constantes no nosso percurso, dando assim um toque a mais nas belezas naturais.Em cada parada as brincadeiras do pessoal.



 
O Alemão impressionou a todos com o Kit Lanche dele, um salame-rosa e 2 litros de sukita. Como ele levou tanto peso ? Isso explicava a caminhada mais lenta dele. 

As travessias e os trajetos muito mais complicados, como troncos caídos para a passagem nos rios. 


A última descida até o santuário é quase na vertical, ainda bem que os corrimãos ajudam para ninguém despencar serra abaixo


Santuario do Cadeado
Por unanimidade, eleita por todos do grupo, a melhor parada. Além de estarmos completando a fase mais difícil da caminhada, os trilhos do trem, a paisagem do litoral e da serra, fomos presenteados com a passagem do trem exatamente na hora que estávamos descansando. Completamos esta etapa em 4h de caminhada, novamente adiantados na previsão que seria de 4:30h.




  
O descanso merecido da turma, com muito sanduiche e salgadinho. O Gerson teve que dividir o último x-tudo e o Alemão a sukita. 

Mais 1 hora

Um melico infeliz, na saída do santuário do Cadeado, deu a notícia que ainda faltava 4h até a chegada em Porto de Cima, o que causou um certo pânico principlamente no Tio Marcos, que estava arreado. De acordo com o nosso roteiro levaríamos mais 1:30 descendo até a estrada, tentamos acalmar os mais incrédulos. Essa ultima descida, foi onde as pedras-sabão estavam mais escorregadias e o número de tombos aumentou significativamente. Sem contar que o Gerson resolveu passar repelente aquelas horas. O Ganso como o próprio apelido diz não podia ver água que estava no meio.




 
O Último Trecho


Com 4:50 h de caminhada chegamos ao ponto final da trilha do Caminho do Itupava, a Estrada do Marumbi, a direita levaria ao monte e esquerda até Porto de Cima, onde o ônibus e o restante da turma estaria nos esperando. O Gordo não aguentou o ritmo dos Woschs e foi substituido pelo Junior. O Sandro e o Negão chegaram em seguida. Depois o Kito,Gerson. Régis,Gordo e o Preto e finalmente depois de 5 minutos Tio Marcos e o Alemão.
Para nossa surpresa a estradinha foi a mais cansativa das etapas, não tínhamos registro da distância que iríamos percorrer. 


Os Woschs foram surpreendidos por uma cobra cipó, conforme a foto acima O Waldir quase recebe uma "picadura" da cobra, se não fosse um salto olímpico fatalmente seria mordido. É claro motivos de muitas risadas.

Enfim a Chegada
Em exatas 6h de caminhadas, finalmente chegamos a Porto de Cima, a estradinha não tinha fim, o sol escaldante do meio-dia castigava a todos.
Exaustos, com bolhas nos pés, dores pelo corpo, o semblante desfigurado pelo cansaço mas aliviados por chegar sãos e salvos e com o objetivo cumprido e no horário que prevíamos.
O ônibus com as famílias tinha chegado fazia 30 minutos, por sorte encontramos um local muito bom na beira do rio, que foi o local ideal para o merecido almoço e descanso.
Um bom churrasco e muita cerveja para comemorar a aventura, sem contar as brincadeiras no rio, finalizaram o domingo de muito sol e diversão.
Os agradecimentos a todos que se empenharam e ajudaram a cumprir essa grande aventura que ficará inesquecível para esse grupo de amigos e por certo teremos outra em breve.










 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Itupava II

Depois de 4 anos e  tantas programações, resolvemos novamente encarar a Serra do Mar pelo famoso caminho do Itupava. Muitos se candidataram, outros já mais experientes acharam melhor não abusar e ir nos encontrar com o ônibus mesmo.

Data escolhida 27 de novembro de 2010, em um primeiro momento alguns mais malucos quiseram fazer o trajeto desde a Felicio Kania até Porto de Cima, em um percurso com mais de 30 km, felizmente viram a tempo que o "buraco seria mais embaixo". Sendo assim o ônibus estava lá, como combinado as 05:00h na sede do G.E. Olímpico, alguns como sempre se atrasam, outros decidiram em cima da hora, o João resolveu ir de pescador, com um guarda-pó verde e chapéu de "pesque-e-cia", para surpresa a Lucia, única mulher que resolveu nos desafiar também estava lá.
                            O "Primeira Classe" que levou a galera até Borda do Campo

             Os caminhantes apreensivos:Mauro, Diego, Marcelo, João e Gerson ao Fundo
Em Pé: Elizandro, Junior, Waldir, Mauro, João, Lucia, Evandro e Diego. Sentados Gerson e Marcelo.
Nesta apenas trocou o Gerson pelo Sandro.
                                          O Embarque
                                          Todos Acomodados.

Todos abordo e atônitos, alguns ainda que sonolentos, partimos as 05:30, conforme planejado.  Um percurso tranquilo e rápido, com um papo descontraídoo como é de costume do grupo chegamos a Borda do Campo às 06h. 

As fotos abaixo mostram a nossa chegada na Borda do Campo, combinando o raiar do dia o que dá um prazer maior para o começo da caminhada. Como sempre todos no mapa, mentalizando o trajeto. O que faltou ser registrado por nossas câmeras, foi o cadastramento no trailler do IAP, nos atrasou em 20min, para dar os nomes e idade de todos. Outro detalhe,depois de uma oração é claro,  foi o "quebra_gelo" do Marcelo, para fortalecer os caminhantes com um energético muito "revigorante", sem contar que o Sandro arrumou um cajado para auxiliar na caminhada, motivo de "tiração" de todos,  mas que foi muito útil no decorrer do caminho.












Sendo assim, partimos as 06:15 por um acesso  diferente daquele que fomos a 4 anos atrás, por uns 30 minutos ficamos discutindo se realmente estávamos no mesmo caminho. O caminho realmente não era o mesmo no começo, com uma revitalização e plantios de árvores nativas, mas aos poucos fomos nos familiarizando com o trajeto e contemplando a beleza que a natureza nos proporcionava. Também combinamos desde o projeto da caminha que desta vez iríamos com muito mais calma que da ultima vez, apreciando mais as belezas que o caminho nos proporcionaria e sem cansar muito, o que não sabíamos é que isso nos atrapalhou mais do que ajudou.






No começo aquela beleza, todo mundo contente e alegre, com as energias a flor da pele, o caminho é de fácil acesso. Nos primeiro 30 min. encontramos uns garotos de Campina Grande, que deram umas dicas interessantes, como esta gruta abaixo.
O caminho ainda nível satisfatório já contava com a companhia da Araponga

.
 O João começando a ficar preocupado, marinheiro de primeira viagem... Estava vendo o que lhe aguardava


As pinguelas começaram a ficar constantes, apesar de aparentemente de fácil acesso,  elas são lisas e exigem um certo cuidado para a travessia.


 Rumo ao Pão-de-ló
 As equipes na primeira hora de caminhada já começam a ficar esparsas e alguns já demonstram um certo cansaço.
 Parada para tomar fôlego, a primeira de muitas...

O João testando o seu solado nas pedras-sabão...

O Marcelo desfrutando as  primeiras cascatas...





 O Pão-de-ló














Mais uma linda imagem capturada por nossas câmeras, com os raios solares penetrando a selva.







Chegada a Casa do Ipiranga
As 08:45h, 2 horas e meia de caminhada concluímos a primeira etapa do caminho, todos sabiam que este era o mais fácil. Como de praxe, o lanchinho básico de todos.









A Roda D´agua
Esta seria uma novidade do caminho para nós, que na primeira caminhada perdemos de ver esta beleza de lugar, situada a uns 300m seguindo a direita pela linha do trem.O João ficou cuidando do trem no cruzamento da linha com o caminho.





























Fomos brindados com a passagem de um trem com 85 vagões.




Descansados, seguimos viagem entre os rios e cachoeiras, as paradas para descanso. Um pequeno detalhe, foi que a retomada do caminho após a linha do trem, está tomada pelo matagal, ainda bem que já conhecíamos o acesso.



A lucia já estava se entregando






A dificuldade de passagem pelo rio...
O interessante que parece a mesma foto anterior, mas não é. São duas fotos distintas...


Como demorou para chegarmos nssa escada,  é que difícil de descer...




Flagrante do Evandro jogando fora o cajado que o Sandro tinha lhe "emprestado"


Santuário do Cadeado

As 12h chegamos ao santuário, sabendo que estávamos com um atraso de no mínimo 1:30min em relação a caminhada anterior, a preocupação seria com o pessoal que estaria nos esperando na "estradinha", aproveitamos para descansar e mais um lanchinho básico.
O Waldir e o Marcelo tiveram a "brilhante" idéia de ir visitar o túnel do trem no Santuário do Cadeado, só não contavam com a chegada de mais um trem cargueiro. No detalhe o Waldir correndo pelo trilho...

A torcida pela chegada do trem, infelizmente não era o trem de passageiros.










Após a parada do cadeado, esperamos por 40min a equipe do João, Elizandro e Junior chegarem. Decidimos então que precisávamos chegar o quanto antes ao final do percurso. Tínhamos tratado as 12h para o nosso "resgate" pelo pessoal de apoio da turma, é claro que já estávamos atrasados.
Para o nosso alívio, alguns falaram que era o percurso mais fácil e rápido até a estradinha, ledo engano, a chuva dos dias anteriores, dificultou todo o caminho e principalmente a última parte, forçando a desvios, muita lama, árvores caídas (inclusive uma caiu perto da equipe, fazendo com que o cuidado fosse ainda maior).





A Lucia falou para todos que não caiu, um flagrante registrando o moemnto q estava no chão, a imagem não mente...



O Gerson acabou se tornando o modelo do Olímpico,o garoto gosta de uma foto.






O Sandro se refrescando nas águas límpidas da serra e o Waldir registando tudo com sua bolsinha cor-de-rosa.













Marumbi, mais uma beleza que a natureza nos proporcionou..



Estradinha

 Chegamos com mais de 2h de atraso, já sabiamos que o pesoal do resgate e do ônibus estariam preocupados. Para nossa surpresa não tinha ninguém nos esperando na estrada,então dá-lhe pernas. Começou um descontentamento, a medida que andávamos acabamos descobrindo que carro de passeio algum chegaria ali, além do que a estrada não nos parecia familiar, sem contar uma "encruzilhada" com uma placa de Morretes que deixou  mais dúvidas. O Waldir com o Mauro e o Gerson que estavam na frente deixaram marcado o caminho com um par de tênis do Waldir, infelizmente não estávamos mais em condições de tirar fotos e esse momento não foi registado, bem como a chegada ao ponto de apoio do IAP, onde o pessoal estavam nos esperando. Com quase 8h de caminhada chegamos ao posto do IAP, achamos muito bem organizado, até foi solicitado a Toyota de resgaste buscar o João e os demais que estavam com ele porque com certeza não aguentaria mais 2km de estrada.

Dividimos a galera nos 3 carros de apoio que estavam nos esperando e fomos ao encontro das famílias e amigos no recanto do Valente. O churrasco já estava pronto, o chopp bombando, o pessoal um pouco chateado pela nossa demora, mas no final tudo deu certo.

Agradecemos a todos que colaboraram e participaram de alguma forma com a nossa equipe, orgulhosos pela grande confraternização e momentos inesquecíveis que tivemos.


O Lagarto que estávamos tentando descobrir se estava vivo ou morto.  A única foto tirada após o início da estradinha.







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